A Bahia já iniciou os preparativos
para atender uma nova demanda surgida no mercado internacional de agronegócios,
a exportação de pele, couro e carne de jumento. A ideia do governo é estruturar
uma cadeia produtiva em torno da criação de jumentos, envolvendo fazendas,
melhoramento genético, abatedouros e canais de exportação. Um primeiro passo já
foi dado neste ano, quando em um experimento foram exportados 4 mil quilos de
pele de jumento. Toda esta produção foi direcionada aos chineses, que utilizam
a pele do jumento na indústria de cosméticos.
Segundo
Rui Leal, diretor de defesa sanitária da Agência Estadual de Defesa
Agropecuária da Bahia (Adab), a frente de melhoramento genético do jumento
baiano inclui trazer sêmen de espécies de jumentos chineses, que pesam, em
media, 400 kg. Os jumentos do sertão baiano atingem, em média, 100 quilos. Além
disso, o governo acompanha as negociações de um grupo empresarial – não
revelado – que negocia com a JBS (dona da Friboi) o arrendamento do frigorífico
que a companhia fechou em Amargosa para exportar a carne e o couro dos jumentos
baianos.
A vantagem deste novo negócio é que o
jumento é um animal resistente e convive bem com as condições ambientais do
semiárido, que ocupa em torno de 60% do território baiano. O objetivo é levar a
criação deste tipo de animal para além do extrativismo, gerando trabalho e
renda nesta região.
(Portal correio24horas)