quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Texto da reforma do ensino médio aprovado



O plenário da Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma do ensino médio, mas deixou para a semana que vem a apreciação de destaques, trechos sugeridos pelas bancadas e parlamentares que ainda podem modificar o projeto enviado pela gestão Michel Temer. O placar, na última quarta-feira, foi de 263 a 106, além de três abstenções. O quórum foi de 372 deputados.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que a votação das sugestões deverá ocorrer na manhã da próxima terça-feira. Serão apresentadas emendas como a da obrigatoriedade de filosofia e sociologia durante os três anos do ensino médio, a exemplo de português, inglês, matemática (que estavam no texto original), artes e educação física – adicionadas pelo relator, o senador Pedro Chaves (PSC-GO), na comissão mista.

A reunião em plenário teve como marca a tentativa de obstrução por parte da oposição. Foram apresentados três requerimentos para tirar a medida provisória da pauta, sob o argumento de que a matéria, por afetar a vida de milhões de jovens brasileiros, exige mais discussão com a sociedade. Todos os requerimentos foram rejeitados. “Essa reforma não responde às necessidades de mudanças substanciais da educação brasileira. Por isso, precisamos verificar item a item, opinar item a item”, criticou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

A discussão da MP só contou com a participação de seis parlamentares, o que durou menos de meia hora – o governo apresentou requerimento para encerrar a etapa das discussões e a oposição acabou vencida, mas com o discurso da “falta de debate” fortalecido. Maia anunciou que todos os destaques – segundo a Secretaria Geral da Mesa, até o momento são 13 – terão votação nominal, ou seja, todos os deputados presentes deverão votar, em vez de apenas contar os votos encaminhados pelas bancadas.

Presidente da comissão mista que analisou a matéria – e a aprovou por 16 a 5 – o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) disse que a reforma não era “perfeita”, mas “um passo importante para reverter os baixos índices de desempenho educacional do País”.

(Portal Revista Veja)