Apesar de diálogos frequentes
com o Ministério da Saúde para ampliação de recursos e pagamento de valores
devidos, o secretário municipal da Saúde de Salvador, José Antônio Rodrigues
Alves, enxerga a atual situação financeira do órgão como uma prévia de uma possível
aprovação da PEC 241, que limita o aumento dos gastos públicos nas próximas
duas décadas. “Há dois anos os municípios vêm trabalhando com apenas dez meses
de recursos federais”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias. “Acho que, para
o ano de 2017, o impacto não será tão significativo, porque já está
estabelecida uma correção dos gastos de 2016. Essa é importância de, até o
final deste ano, adicionarmos recursos ao nosso teto. Eu acho que, para os anos
de 2018 em diante, nós temos que trabalhar a nível de flexibilização e discutir
com o Ministério do Planejamento e Ministério da Saúde, porque eu não tenho
dúvida que, aí sim, vamos ter problemas graves e, a longo prazo, um déficit
significativo dos recursos federais no financiamento da assistência”. Parte
do secretariado do prefeito ACM Neto desde o início de seu mandato, em 2013,
Rodrigues Alves avaliou sua gestão de forma muito positiva, com importantes
avanços no serviço de saúde da capital baiana. No entanto, um dos grandes
déficits apontados pelo secretário em toda a Bahia ainda é a falta de
profissionais qualificados, mesmo com evoluções significativas nos últimos
anos, como o programa federal Mais Médicos. “Nós não temos o número de
especialistas ideal para nossos serviços, existe um problema sério de falta de
profissionais médicos. Isso ainda é um grande desafio e vai continuar durante
alguns anos para a Bahia como um todo”, pontuou.
(Portal Bahia Notícias)