Um mês depois de o Tribunal de Contas da União (TCU)
autorizar a operação, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) devolveu R$ 100 bilhões ao Tesouro Nacional. A quantia faz parte dos R$
532 bilhões que o banco deve à União referente aos empréstimos que recebeu de
2008 a 2014.
Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a
antecipação reduzirá a Dívida Bruta do Governo Geral em 1,6 ponto percentual do
Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Em
outubro, segundo os dados mais recentes do Banco Central, o indicador estava em
70,3% do PIB.
A devolução também permitirá ao Tesouro economizar R$
37,3 bilhões em subsídios que deixarão de ser pagos ao BNDES nos próximos anos
para cobrir a diferença entre a taxa Selic (juros básicos da economia) e os
juros inferiores às taxas de mercado cobrados nos financiamentos concedidos
pelo BNDES. Apenas em 2017, a economia deverá ficar em torno de R$ 7 bilhões.
Dos R$ 100 bilhões, o banco pagou R$ 40 bilhões em
títulos públicos e R$ 60 bilhões em dinheiro. Os títulos foram imediatamente
cancelados, e os recursos financeiros serão utilizados exclusivamente para o
pagamento de dívida pública em mercado.
“A operação é importante componente do programa de
ajuste fiscal do Governo Federal e resulta em melhora substancial e imediata no
nível de endividamento”, informou o Ministério da Fazenda em nota.
Dívida bruta
De 2008 a 2014, o Tesouro Nacional
aportou cerca de R$ 500 bilhões em títulos públicos ao BNDES para ampliar a
capacidade do banco de emprestar recursos para sustentar o investimento e
estimular a economia. O Tesouro emitiu títulos públicos ao banco, que vendia os
papéis no mercado para ampliar o capital e poder emprestar mais recursos.
Os aportes do Tesouro ao BNDES não tiveram impacto
sobre a dívida líquida do governo (diferença entre o que o governo deve e o que
tem a receber), isso porque o que o BNDES devia ao Tesouro era anulado pelo que
o Tesouro tinha direito a receber. As transações, no entanto, ampliaram a
dívida bruta nos últimos anos.
Em maio, o BNDES tinha anunciado a intenção de
devolver ao Tesouro R$ 100 bilhões que ainda não tinham sido usados pela
instituição. A antecipação do pagamento precisou de aval do Tribunal de Contas
da União (TCU), que só liberou a operação no fim de novembro.
Petrobras
No mesmo dia em que pagou R$ 100 bilhões
ao Tesouro, o BNDES recebeu R$ 16,7 bilhões da Petrobras, que liquidou dívidas
com o banco. Desse total, R$ 16,7 bilhões referem-se a três financiamentos do
BNDES à própria Petrobras e à Transportadora Associada de Gás (TAG),
subsidiária da petroleira. Em 28 de novembro, a Petrobras havia antecipado o
pagamento de R$ 3,3 bilhões de outro financiamento firmado com a TAG. Os dois
pagamentos equivalem a R$ 20 bilhões.
(Portal correio24horas)
De 2008 a 2014, o Tesouro Nacional aportou cerca de R$ 500 bilhões em títulos públicos ao BNDES para ampliar a capacidade do banco de emprestar recursos para sustentar o investimento e estimular a economia. O Tesouro emitiu títulos públicos ao banco, que vendia os papéis no mercado para ampliar o capital e poder emprestar mais recursos.
No mesmo dia em que pagou R$ 100 bilhões ao Tesouro, o BNDES recebeu R$ 16,7 bilhões da Petrobras, que liquidou dívidas com o banco. Desse total, R$ 16,7 bilhões referem-se a três financiamentos do BNDES à própria Petrobras e à Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da petroleira. Em 28 de novembro, a Petrobras havia antecipado o pagamento de R$ 3,3 bilhões de outro financiamento firmado com a TAG. Os dois pagamentos equivalem a R$ 20 bilhões.